segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Dormir, ser longínquo sem o saber, estar distante, esquecer com o próprio corpo; ter a liberdade de ser inconsciente, um refúgio de lago esquecido, estagnado entre frondes árvores, nos vastos afastamentos das florestas.

Um nada com respiração por fora, uma morte leve de que se desperta a saudade e frescura, um ceder dos tecidos da alma à massagem do esquecimento. Fernando Pessoa

É no sonho que te vejo, é no sonho que te sinto, é no sonho que contigo caminho, sem mareo, sem a dor de te ter tão distante, tão longe, tão livre.

Vejo-te não com os olhos mas com a alma azulada de madrepérola fria. Fria de desejo ardente consumidor do teu presente.

Chora-me na alma este desejo. Fernando Pessoa

Brilham-me os olhos quando te vejo...

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