sábado, 26 de abril de 2008

A água quente cai com o mesmo barulho que a água fria. A sombra das coisas de qualquer cor é de uma só cor. O mundo é só um mundo entre muitos outros e podia ser muito diferente do que é. Pedro Paixão

Porque insistimos em ser tão diferentes quando o nosso destino é o mesmo e a nossa essência única?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Porque entre o nosso tempo e o tempo dos que nos rodeiam nem sempre existe aquela disponibilidade emocional para manter intacta a tolerante amizade paciente.

Não sei o que é o tempo. Não sei qual a verdadeira medida que ele tem, se tem alguma. A do relógio sei que é falsa: divide o tempo espacialmente, por fora. A das emoções sei também que é falsa: divide, não o tempo, mas a sensação dele. A dos sonhos é errada; neles roçamos o tempo, uma vez prolongadamente, outra vez depressa, e o que vivemos é apressado ou lento conforme qualquer coisa do decorrer cuja natureza ignoro.
Julgo, às vezes, que tudo é falso, e que o tempo não é mais do que uma moldura para enquadrar o que lhe é estranho. Fernando Pessoa

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Numa dessas visitas protocolares de boas vindas ao novo sangue da família recebemos uma das prendas mais simbólicas... Um livro. Mas não um livro qualquer. Um livro muito especial. Especial essencialmente para quem o ofereceu. Um livro que há mais de dez anos tem preenchido e enriquecido o nosso rei mago.
Especial para nós porque sentimos que nos foi ofertado algo de muito pessoal, algo muito sincero, muito sentido.
Muito obrigado a todos por receberem tão bem o nosso arcanjo.
Queixava-se um discípulo ao seu Mestre:
"Que belas estórias o senhor nos conta; mas nunca nos revela o seu sentido."
E respondeu o Mestre:
"Se alguém te desse um fruto,
já meio comido e mal saboroso,
tu gostavas?"
O sentido das coisas é um bem que ninguém dá;
É uma descoberta pessoal! Anthony de Mello in O canto do pássaro