terça-feira, 7 de abril de 2009

28 para os Prazares


Baixa-Chiado! Subimos para o Largo e entramos no segundo 28. O primeiro rebentava pelas costuras com tanto turista.

Lisboeta há mais de 29 anos e nunca me tinha sentado nestes bancos. "Quem distrai o guarda-freios também é culpado!" Procuro e não encontro o aviso. Passou a Lenda na inglória procura!

Entre o fernesim dos freios e o faiscar dos cabos chegamos ao fim-da-linha. Cemitério dos Prazeres! Nada disto estava planeado. Tudo isto é muito nosso. "Tudo isto é fado!"

Rua 1 - 4371! Aqui repousaram os restos mortais do meu Poeta - Fernando Pessôa (1888-1935). Sinto a sua presença e mais estranho, ainda, a calma desta local. O Fernando Ribeiro dos Moonspell dizia, numa entrevista, que este é o seu local preferido. Acho que agora o consigo entender. Os cedros marcam presença e diluem o macabro dos símbolos de passagem.

Regressamos no 25 para a Rua da Alfândega. Passamos pela Rua das Trinas e antevejo o meu futuro próximo. Saimos em Santos. Atravessamos a Avenida. Sentado no banco da estação reparo na bandeira francesa, içada na sua embaixada. Curioso... Depois de uma manhã tão portuguesa...

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