quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Misión cumplida!

Misión cumplida!

O dia começara madrugador. Preparara-me para uma longa jornada. Actualizava pela primeira vez o unquitness. Era preciso registar e publicar o que até então tinha vivido. Viajava sozinho e condição própria desta acção a partilha das experiência esgota-se nas letras.

Apanho a guaguas para Garafía (Santo Domingo). A aldeia mais portuguesa desta La Palma tão encantada pela nossa presença em séculos idos. Pergunto como chegar ao Observatório Astrofísico do Roque de los muchachos. - Táxi! Em Santo Domingo! Sólo uno! Tienen que llamar! Não vai ser fácil. Com sorte não está ocupado e leva-me lá acima.

Roque de los muchachos - 2426 metros de altitude e 50 euros de viagem (ida e volta, claro está)! Segundo objectivo alcançado!

Apanho uma segunda guaguas. Desta vez sou mesmo o único passageiro. Incrível o preço que deve custar este transporte insular ao contribuinte espanhol. Enfim!!! Ainda bem que existe pois senão com 30 euros não viajava tanto.

O sol pôe-se por detrás do mar. Começa a escurecer. Começo a perder a vista dislumbrante que é a paisagem do Barlovento palmero. Bananeiras dão lugar a pinheiros. A laurissilva espreita envergonhada. - Que pasa?! pergunto preocupado ao motorista - No pasa nada! responde-me depois de dialogar com o condutor de uma 4x4 que descia a rua que subiamos. Dois caminhantes acenam desesperadamente na nossa direcção.

- Are you going to Santa Cruz? pergunto depois de sair da guaguas e reparar que o casal insiste em ficar lá dentro. - You may change bus here!

Um casal sueco que resolve passar uns dias a caminhar pela ilha e que desesperadamente nos acenaram porque sabiam que este era o último guaguas que passaria até ao nascer do sol, e que se o perdessem pernoitariam à chuva sem abrigo fácil. Sortudos!!! Partilho algumas viagens. Comento que visitara Göteborg alguns anos antes e que gostara da cidade e da sua gente. Ele, ornitólogo por paixão e profissão, partilha comigo o gosto pelas aves que remeto para esse grande passarinheiro que me iniciou nestas andanças avídeas.

Novo dia. Último dia. Circum-navego a ilha por sul. A parte que falta. Visito e fotografo o farol mais meridional da ilha entre a chuva e o vento desagradáveis. Regresso a casa para passar a última noite. Real - Zenit! Num bódegon e que se via bem a coisa. Só deu Raúl! Que tento! O povo em delírio! Muito bom! Concluo que o verdadeiro teste à compreensão da língua estrangeira é o relato da bola. Não apanhei uma única palavra do que aquele jornalista disse! Livra!

Regresso ao aeropuerto e passo pela seguridad. Piii! Piii! Piii! Esqueci-me do cinto outra vez! Conho!

Consulten nuestro menu?! Nem um daqueles snacks manhosos! Não acredito! Low cost dá nisto! Tivesses trazido as tostas que resolveste oferecer ao dono do apartamento. Burro!

Este animal ressona que dói!

É impossível perceber o que esta hospedeira está a dizer em inglês! Ladiesandgentlemennowwewillshowthetworeardoors... Daaaaaaaaaasseeee!!!!! Gravem um bife a falar e limitem-se a passar a k7!!!

Aterro em Lisboa com os três objectivos alcançados - voar livre, trepar ao roque dos muchachos e circum-navegar a ilhota - tudo com 300 euros (alojamento e alimentação incluídos).

De La Palma ficam as memórias e a vontade de regressar às Canárias, acompanhado presuposto e com uns contactos no bolso.

Fue!

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