quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
a negação de Deus
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Esperança...
domingo, 25 de outubro de 2009
demeure...
domingo, 18 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
karma ou a terceira Lei de Newton
sábado, 12 de setembro de 2009
afrodite
domingo, 6 de setembro de 2009
sábado, 5 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
união ibérica?!
40 por cento dos portugueses apoiam a ideia de uma formação ibérica, enquanto 30 por cento dos espanhóis são da mesma opinião, segundo um barómetro realizado pela Universidade de Salamanca apresentado esta terça-feira em Madrid e citado pela Lusa.
13,3 por cento dos portugueses mostram-se muito de acordo, 17,7 por cento indiferentes, 34,1 por cento discorda e 18,5 discorda por completo.
Uma eventual união dos dois países deixa quase 30 por cento dos espanhóis indiferentes. 30,5 por cento diz-se contra (7,5 por cento em muito desacordo), enquanto 4,1 por cento dá muito apoio à ideia.
Com uma amostra de 876 pessoas (363 portugueses), o Barómetro de Opinião Luso-Espanhol foi realizado em Abril e Maio pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Salamanca com o apoio do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa de Lisboa.
Oitocentos anos de História é muita coisa...
A Europa jaz, posta nos cotovelos:
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando.
O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto.
Fita, com olhar 'sfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.
O rosto com que fita é Portugal. in Mensagem, Fernando Pessoa
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Chorar por amor...
domingo, 26 de julho de 2009
muitos outros mais...
5,000 interviews were filmed in 75 countries by 6 directors who went in search of the Others.
From a Brazilian fisherman to a Chinese shopkeeper, from a German performer to an Afghan farmer, all answered the same questions about their fears, dreams, ordeals, hopes:
What have you learnt from your parents? What do you want to pass on to your children? What difficult circumstances have you been through? What does love mean to you?
Forty or so questions that help us to find out what separates and what unites us. These portraits of humanity today are accessible on this website.
sábado, 25 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
...no mínimo 820km até ao Mónaco
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Ligações ilógicas
Existem contudo por vezes não raras ligações, karmicas dirão os rotulados por hindus, cuja inevitabilidade de reconhecimento público ultrapassa a razão humana.
Neste espaço existem poucos desses karmicos filamentos. Fernando Pessoa... Incontornável. Mia Couto... Sem contorno possível.
Jerusalém. Um novo Mundo. O recomeçar de tudo. Sem raízes. Afinal, ipsis verbis, precisamos de voar. Quem tem raízes não voa.
domingo, 5 de julho de 2009
Jeux sans frontieres... a Lenda!!!!
A primeira directamente relacionada com este espaço. Foram atingidas as 4 casas no número de visitantes. Um milhar é digno de publicidade. Grandes malucos os que ainda resistem e insistem em ler estas linhas! Muito obrigado pela vossa loucura! :)
A segunda razão está directamente relacionada com a infância de todos os que nasceram perto desse mítico ano de 1980 depois de Cristo. Os Jogos sem Fronteiras fazem parte do imaginário desses então infantes e que hoje começam a "estender" a sua toalha ao sol nesta lusitana praia.
Talvez por isso ou simplesmente porque tudo na história se repete ou talvez ainda porque exista alguma veracidade no antigo dogma que afirma que tudo na vida é cíclico, começa esta noite uma série de programas que muito se parecem com esses "milenares e saudosos" Jeux Sans Frontieres.
Heládio e Serenela só faltam vocês?!?!?!?!
domingo, 14 de junho de 2009
A Lisboa de Pessoa
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Long Island Around
Seguimos a via rápida até Machico, por indicação de outro cavaleiro, e ai viramos para norte no caminho para Santana.
Bolo do caco no Forno! Pisca para a esquerda. Uma pausa para o café e para o quebrar do jejúm. Afinal Bolo do Caco não tem. "Mas tenho pão quente acabado de sair!" Venha então de lá esse manjar.
Pé na estrada até Porto Moniz. A costa norte revela-se à nossa frente. Uma paisagem única! Uma sensação de imensidão esmagadora. Serpenteamos por túneis e ravinas. Passamos o turístico Véu da Noiva e perdemos a nacionalidade imersos na multidão.
Subimos para sudeste rumo ao Paúl da Serra. Avistamos o parque eólico e esperamos que um piloto de voo livre descole. Descemos para o Arco da Calheta. "Ups! Estou a ficar sem gota!" Como se não fosse suficientemente stressante estar sem gota, seguimos agora na direcção oposta. Aqui escolher a estrada errada pode significar "quilhómetros e quilhómetros" sem ver uma única bomba de gasolina, o que neste momento é tudo o que procuramos. No ponto de não retorno páro e tento avisar o meu companheiro de viagem que temos que descer em direcção ao mar. Segue em frente sem reagir ao meu sinal. Agora é que a coisa complicou. Espero na beira da estrada e passados menos de 20 minutos eis que regressa no meio da bruma e aos pulos em cima da mota. "Já tenho gota!" :)
Serra d'Água e a sua poncha - a próxima paragem. Mais uma atracção túristica em que português só mesmo por trás do balcão e em alguns dos cartões que decoram as paredes.
Daqui para o Cabo Girão são apenas algumas curvas mais. "Isto é alto pa c#$%#&!!!" Relembramos a proeza do Mário e da sua mota amarela. É preciso determinação para saltar daqui montado numa mota.
Do planeado falta o Curral das Freiras. "Uuuuuuuuuuuuuuuu! Brutaaaaaaaaaaaaaaaal!" Oiço entre o som do motor quando curvamos para o vale do Curral! As curvas hipnotizam-nos e desembocar na vastidão daquele vale deixa-nos sem capacidade de articular mais do que alguns vernáculos.
Como ainda nos restam algumas horas de sol decidimos seguir até à Ponta de S. Lourenço - o extremo leste da ilha da Madeira. Quando atravessamos o Funchal perdemo-nos mutuamente. Como combinado antes de partirmos em viagem. Se nos perdermos encontramo-nos no próximo destino falado. E assim fiz. Sigo sozinho até ao Caniçal. Espero! Nada! Siga para a Ponta de S. Lourenço. Percorro aquela paisagem marciana já cansado. Chego ao fim da estrada - uma rotunda. Contorno e volto para o Funchal. Detesto a via rápida e adoro voar baixinho no Duplo túnel do Caniçal! ;)
O cansaço é enorme mas fica na memória mais um dia muito bem passado entre cavaleiros do asfalto. El perro sigue caminando e eu continuo para bingo!
domingo, 31 de maio de 2009
Vampyr e os seus amores
Diálogos filosóficos de grande profundidade e de notável humor... lembro a finitude e a infinitude da vida e da morte. Apesar de manipular à vista a presença de Gabriel apenas se sente quando age por si próprio. As formas são mais do que animadas são verdadeiramente vivificadas. MUITO BOM!
“O seu universo desenha-se em palco, ele está presente, rodeado pelas suas criaturas de tamanho quase humano, com caras e mãos enormes. Bocas abertas, olhos brilhantes, são sórdidas, divertidas ou comoventes. A sua presença é de tal forma que nós só as vemos a elas: o olhar dos espectadores é constantemente atraído por elas, e não sobre ele, o actor humano, bem vivo. Neville Tranter é a sua voz, o seu guia, o seu servidor. Ele gosta desta relação estranha, destas relações de força e de ternura entre mestre e servidor, criador e marioneta” - Le Monde.
No próximo ano conto voltar a sorrir no FIMFALX :)
sábado, 30 de maio de 2009
parem com a plantação de eólicas!
Não confundir esta iniciativa com aversão ao ambientalismo ou ao progresso.
Talvez seja mais aversão à ganância, um dos pecados capitais (erradamente traduzida para português como avareza).
European Platform Against Windfarms
quarta-feira, 27 de maio de 2009
na vanguarda da oceanografia
O autor do estudo indica que a localização ideal deste centro seria nos Açores, devido ao enquadramento natural, "onde esta plataforma deverá ser completada por um sistema de apoio à investigação oceanográfica no Atlântico". A instalação (permanente) nos Açores de "um Centro Internacional de I&D atlântica, orientado para o estudo das formas de vida nas fontes hidrotermais de grande profundidade existentes na proximidade daquele arquipélago, reforçando a participação de investigadores portugueses nas equipas internacionais que estudam esses fenómenos, terá um impacto estratégico para o nosso país", salvaguarda. O estudo que saiu na última edição do jornal Expresso foi divulgado na íntegra no site do semanário, sublinhando que o potencial marítimo nacional poderá valer 12% do PIB, ou seja, cerca de vinte mil milhões de euros, em 2025.
in Açoriano Oriental
26 de Maio de 2009
Talvez até não seja mal pensado?!...
sábado, 23 de maio de 2009
Em socorro da Capela
1603 - Erigida a Capela do Socorro, na margem do Ave, em Vila do Conde. Sepultados aí estão hoje o piloto roteirista companheiro de Martim Afonso de Sousa e a sua mulher.
2009 - Desvendo pela primeira vez esta cidade tão repleta de simbolismo. Voltarei a Vila do Conde um dia como Gaspar Manuel tantas vezes voltou à Índia.
(mais uma vez volto à Índia... volto sempre à Índia...)
terça-feira, 19 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
o primeiro salto de pára-quedas em Portugal
As diversas notícias de viagens aerostáticas feitas em vários países da Europa com a bela invenção do Guarda-queda, inventado por André Jacques Garnerin, e pela primeira vez experimentado em Paris, em Junho de 1799, experiência que o mesmo inventor repetiu em São Petersburgo em 1800 na presença do Imperador Alexandre, davam incentivos aos Portugueses que prezam os progressos das Ciências e das Artes, de desejarem se oferecesse algum dia ocasião de presenciarem esta experiência, toda filha das mais acertadas combinações. Não se podia certamente apresentar entre nós um homem mais capaz de desempenhar este objecto que o exímio físico Mr. Robertson, que em quase todas as Cortes da Europa havia patenteado a sua dexteridade neste e nos outros ramos da Física experimental, nos quais o segue com desvelo e grande aptidão seu filho Eugénio Robertson; o qual, tendo na sua primeira viagem aerostática, feita a 14 de Março deste ano nesta cidade, dando provas do quanto havia aproveitado as lições paternas, quis aqui mesmo fazer a sua primeira experiência de descer em Guarda-queda, visto proporcionar-se-lhe esta ocasião de o fazer com tanto maior gosto por ser um país, se ele a fazia pela primeira vez, também era a primeira vez que se expunha o brilhante espectáculo da descida em Guarda-queda."
1819... Muito antes do Cristo Rei!
(vale a pena ler o artigo completo aqui)
sexta-feira, 15 de maio de 2009
ciberdúvidas e a gatunagem
Simplesmente delicioso!
uma espécie de código da gatunagem
quinta-feira, 14 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
Petição "Fruta Sim! Biológica Melhor!"
Trata-se de uma importante iniciativa que pretende contribuir para a educação das nossas crianças e jovens, criando hábitos alimentares saudáveis, prevenindo a obesidade e outras doenças.
Antecipando o seu lançamento em Portugal a INTERBIO - Associação Interprofissional para a Agricultura Biológica, decidiu associar-se a esta campanha promovendo os produtos biológicos numa iniciativa designada: “FRUTA SIM! BIOLOGICA MELHOR!”.
Porque não ler?
domingo, 10 de maio de 2009
carcavelos
Para o Senhor dos e-mails (Sr. Rogério Carmona) fica aqui o meu pagamento. vale bem a pena enviar um e-mail (rumoaocentenario@gmail.com) para saber em primeira mão qual o próximo encontro. e vale ainda mais a pena participar. umas horas bem passadas, muito culturais e acima de tudo muito divertidas.
Já agora... a técnica da pintura com terra é simplesmente maravilhosa. garantidamente a que mais utilizarei doravante.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Mundo cão
domingo, 3 de maio de 2009
castilla y leon
pernoitamos na primeira aldeola que nos ofereçe confiança. o raio do colchão devia aguentar a noite toda sem perder o ar! Béjar... a primeira visita destes três dias de caminho. seguimos a música na procura do ensaio da banda filarmónica para as festas da cidade. encontramos um tocador de teclas acompanhado por um cantador e por dois "colectores" de moedas que voam das janelas como quem diz... "Por favor calem-se!"
pé na estrada que o sol já vai alto! passamos por Ávila. visitamos as monumentais muralhas e a sua cidade "enclavada". é grande demais para passarmos aqui a noite. seguimos para Segóvia. Paramos em El Barco de Ávila. simplesmente deliciosa. fica a vontade de regressar.
são brasileiros? não. portugueses. e tu não és espanhola? sou dominicana. o sotaque não perdoa.
acordamos em Segóvia com o canto do vizinho do lado. viva o luxo! ou não! o aqueducto e o alcazar são dislumbrantes. a máquina fotográfica resolveu não funcionar mais. boa! a partir de agora só com telemóvel.
seguimos viagem. visitamos a mais antiga praça de touros de toda a España! um valor histórico tremendo.
procuro nas colinas uma descolagem referenciada. nem no turismo me conseguem indicar o caminho. siga para Pedro Bernardo que ai é certo.
Piedralaves! uma surpresa muito agradável. La bodeguilla! tapas ao som do rio. memorável.
está tudo cheio por estas bandas. mais uma noite no carro. não há-de ser nada!
200 pilotos. todos para o ar. o podium é nosso. 1º e 3º lugares em português.
passaporte carimbado. pé na tábua que a saudade aperta.
cochinillo de segovia. uma especialidade demarcada. já agora.... júdias são feijões. começo a ser conhecido mundialmente pelas perguntas mais difíceis de responder. Deus me guarde!
quinta-feira, 30 de abril de 2009
escada rolante
terça-feira, 28 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
28 para os Prazares
Lisboeta há mais de 29 anos e nunca me tinha sentado nestes bancos. "Quem distrai o guarda-freios também é culpado!" Procuro e não encontro o aviso. Passou a Lenda na inglória procura!
Entre o fernesim dos freios e o faiscar dos cabos chegamos ao fim-da-linha. Cemitério dos Prazeres! Nada disto estava planeado. Tudo isto é muito nosso. "Tudo isto é fado!"
Rua 1 - 4371! Aqui repousaram os restos mortais do meu Poeta - Fernando Pessôa (1888-1935). Sinto a sua presença e mais estranho, ainda, a calma desta local. O Fernando Ribeiro dos Moonspell dizia, numa entrevista, que este é o seu local preferido. Acho que agora o consigo entender. Os cedros marcam presença e diluem o macabro dos símbolos de passagem.
Regressamos no 25 para a Rua da Alfândega. Passamos pela Rua das Trinas e antevejo o meu futuro próximo. Saimos em Santos. Atravessamos a Avenida. Sentado no banco da estação reparo na bandeira francesa, içada na sua embaixada. Curioso... Depois de uma manhã tão portuguesa...
sexta-feira, 3 de abril de 2009
O que a vida me ensinou
E assim dislumbrei-me com um livro maravilhoso - "o que a vida me ensinou". Na resposta a esta pergunta trinta septagenários procuram perpetuar a maior lição que deste mundo levam.
Lembrei-me deste livro hoje ao ouvir um sonante nome da nossa sociedade - Manoel de Oliveira.
Confesso que o Carlos Vaz Marques não é meu fã (e eu não o idolatro igualmente) contudo o que de melhor este senhor tem é a capacidade de manter vivo um espaço de entrevistas extraordinário da nossa rádio - o Pessoal e Transmissível (TSF).
E suportando o Vaz Marques (na letra do Bruno Aleixo) ouvi esta tarde, em podcast, o Manoel de Oliveira. Simplesmente divino! Como diz a Inês Menesses... aos 20 anos falta-nos sempre qualquer coisa (de maturidade). Eu acrescento que... aos 100 anos temos sempre quase tudo.
O ansião e o seu papel imprescindível na sociedade humana.
(vale a pena escutar... Carlos Vaz Marques entrevista Manoel de Oliveira)
segunda-feira, 30 de março de 2009
Inevitável...
Ana Sousa Dias fala com Ela. Ela é 'A' Inês Menesses da RADAR.
É sem dúvida actualmente o espaço mais intimista da rádio portugesa. E esta é indubitavelmente a conversa mais interessante e sensual que, em jeito lésbico, alguma vez escutei.
Vale muito a pena ouvir a voz feminina mais sensual da radiofonia lusa conversar com uma das musas de um comunismo de então.
A paixão pelo Zé Pedro dos Xutos revelada com imensa ternura.
Muito obrigado Inês!
(disponível em PodCast no sítio da RADAR)
sábado, 28 de março de 2009
PLAYBOY@PT
Obrigado Hef pelo editorial. A mais antiga nação da Europa agradece o reconhecimento.
A sofisticação da revista é que nao se nota. Vamos aguardar que amadureça.
Manderlay! Dogville foi o início...
E 1921 o início do Magestic!
sábado, 21 de março de 2009
Equinox
Precisamente no dia em que floresce a primavera celebra as Nações Unidas o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial.
Se até o dia e a noite podem ser iguais porque serão os homens tão diferentes?
E porque será que também hoje se comemora o Dia Mundial da Poesia?
segunda-feira, 16 de março de 2009
Porque não?
A minha Fortuna tem muitos quilómetros para rodar as 20 polegadas.
sexta-feira, 13 de março de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
IR873 para a Régua
Para a Régua por favor. Linha 13!
Escolho a carruagem e espero pelo apito.
Ora ai está! O carrinho do chá ou café. Igual em qualquer parte do mundo. Caro como sempre!
Apercebo-me que está a nomear os principais ingredientes de cada uma das sandes. No fim a senhora opta pela pequena garrafa de água apenas. Fica no ar a impressão de que a decisão foi motivada pelo abusado preço do género. A senhora tem fome? Observo incrédulo. Uma jovem mulher oferece a esta idosa senhora o bolo que traz na mala. Por solidariedade, por pura compaixão. A ansiã recusa alegando que em breve chegará a casa.
Já valeu a pena embarcar neste vagão. Esperava vislumbrar, a para mim, desconhecida paisagem do Douro entre o Porto e a Régua, e acabo de assistir a uma das maiores lições da vida, a solidariedade fraterna.
Sigo até Godim. Este comboio está à espera do que vem da Régua e segue para o Porto. Está na hora! Vou saltar agora! Corro para a plataforma. Espero que o comboio descendente passe, e pendurado na porta entro carruagem a dentro.
Regresso agora ao Porto. Pela janela vejo o Douro banhado de ouro vespertino. Regresso mais conhecedor. Regresso mais humilde. Regresso mais eu.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Casa de chá
Siza Vieira em perfeita harmonia com a sua cidade natal.
Servido um dos melhores bolos de chocolate num ambiente bonito, aconchegante e muito intenso a mofo.
Vale pela vista e pela obra. Com a melhor companhia pelo intimismo.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Fraternidade
Assim reza o artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que de universal apenas tem o nome, pois o reconhecimento como tal ainda espera ratificação.
Será realmente necessário ler que na fraternidade reside a esperança da humanidade?
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Pessoal e Intransmissível
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(...)
Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
(...)
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu. Álvaro Campos
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Transgermânico III (the last but not the least)
está a vibrar! o meu bolso! olho para o relógio de parede do Bombay Bar. saio apressado para a rua. abrigo-me sob a ombreira de uma porta qualquer. entre palavras desembrulho os dois pacotes que viajavam na minha algibeira desde Den Helder. pela primeira vez passo o meu aniversário sozinho num pais estranho. sinto-me verdadeiramente do mundo.
segunda cena de pancadaria provocada pelo álcool. para mim basta! ainda saio pela janela sem ter feito qualquer casting para este filme.
abandono a festa. pé na estrada que o metro já abriu.
percorro as ruas procurando, reconhecendo as montras, encontrar o caminho de regresso à estação do metro onde desembarquei horas antes. Uuuppsss! era suposto a porta abrir. boa! são 03h51m e estou sozinho numa rua escura, à porta do metro - zavřeno! a ideia de caminhar tranquilo por estas ruelas como se para o trabalho me dirigisse está a tornar-se emocionalmente díficil. good evening! Is the station closed? o velhote que do outro lado do passeio varria a rua responde-me num dialecto completamente indecifrável. não vai ser fácil mas vamos conseguir comunicar. esforça-te! entre gestos e palavras desconhecidas para ambos chego à conclusão que na próxima tranversal existe uma paragem do eléctrico que me pode levar até à estação dos comboios. agradeço a colaboração. o velhote despede-se com um sorriso fraterno e um toque paternal no braço.
deve ser aqui! porra! que mania de sair na estação anterior. mais estradas abandonadas entre chaminés industriais que pintam em tons cinzentos os meus maiores pesadelos. caminha à frente do medo que ele acabará por te abandonar.
não acredito!!! o meu comboio não parte desta estação mas sim da estação central de Praha. mas porquê?!?!?! corro para o metro, agora já a funcionar e encontro-me com um daqueles bandos de turistas asiáticos que nos deixam sempre mais relaxados. se houver confusão eles são mais do que as mães e a coisa há-de ficar por ali.
entro no metro seguido de uma figura que me desperta a atenção pela passividade assertiva do olhar. encosto-me à porta. afinal são só três paragens. a figura interessante aproxima-se de mim. num gesto discreto mostra-me um crachá. ok?! à paisana já percebi que estás. polícia? SEF? passport não disseste. ok! só podes ser o revisor. confiante mostro-lhe o bilhete. olha para mim. aceita o papel que lhe dou e... tick-tick! é o pica! ufa! estes tipos não perdoam. 05h10m. primeiro metro do dia. pica à paisa. vida dura esta!
toalety! a pagantes como costume por estas bandas. lavo a cara e as mãos. reparo que se pode tomar banho nesta estação. aluga-se toalha (ou não) e por poucas coroas podemos lavar e aquecer o corpo. bem bom para quem anda de mochilão às costas e está só de passagem. fica para a próxima.
lugar reservado. tranquilo. vou aproveitar para dormir enquanto o sol não nasce. o olhar mafioso aterrorizou-me. no meu camarote. no lugar por mim reservado estão dois arianos espadaúdos. trancam a porta com violência tal que instintivamente levanto as mãos em sinal de paz. recuou sem perder o olhar. entro num camarote vazio algumas portas ao lado. porta trancada. ar quente no máximo - a única opção. ligeira abertura da janela. ainda sufoco com o calor. corpo relaxado q.b. sobre o banco. fecho os olhos e adormeço.
truz! truz! truz! ainda não me levantei já a revisora me entra pelo camarote dentro. bilhete verificado. avisa-me que o comboio não segue até Cheb. é preciso uma ligação de autocarro que demorará cerca de meia hora. maravilha!!! querias aventura? então ai tens! meia hora no meu meio de transporte favorito com as estradas nas melhores condições possíveis... geladas! se sobreviver juro que volto aqui. juro!!!
o comboio parou. está na hora de sair. jamais esquecerei esta imagem. todos em coluna, ao longo dos carris, por um entre dois comboios imóveis. o meu horizonte são os calcanhares da idosa que sigo. o fumo da respiração dissipa-se no ar gelado. estou a caminhar para o meu fim. já vejo a luz ao fundo!!! estou no mais profundo checo! lindo!
Cheb. finalmente. de uma carruagem estilo marroquino passo para um comboio avant garde! um funicular que transpõe a fronteira e me entrega aos alemães. confesso que o sentimento de concretização me invade. venci todos os medos e estou a ter uma das melhores experiências interiores da minha existência.
como é que é possível o ICE chegar atrasado. acabo de perder o comboio de ligação. onde são as informações? está resolvido. apanho um suburbano de ligação. que melhor maneira de me embrenhar nos costumes locais. viajar entre aqueles que regressam a casa da escola e do trabalho. maravilhoso!
pelos cartazes publicitários apercebo-me que entro agora de novo nos Países Baixos. combino o encontro em Eindhoven. desce as escadas. abraçar alguém tão querido depois de todo este tempo é mágico. welkom amigo! obrigado!
chegamos a Tilburg! como é que sabes qual é a tua bicicleta? no meio da multidão de pedais lá está ela. a primeira bicicleta genuinamente holandesa em que viajarei. sento-me no monta cargas e sigo guiado até ao supermercado. é preciso comprar os géneros e o vinho para o nosso jantar.
banho. as melhores bolachas holandesas. jantar. vinho. chá. uma representação autobiográfica simplesmente maravilhosa. butoh. conversa em dia. pé no pedal. -2ºC! o windchill torna-me as extremidades insensíveis ao toque. o maior edíficio habitacional da Holanda! repito o itenerário do comboio pela enésima vez. combinado o próximo jantar. um abraço prolongado. o olhar brilhante. sigo para norte que o caminho ainda se faz.
Amsterdam! this train goes to the airport? yes! desculpa?! és portuguesa?! sou! estás a ouvir Bossa AC não é? o altifalante do telemóvel denunciou-te. três dedos de conversa. destino: Lisboa ou.... Den Helder!
último troço... Alkmaar-Den Helder. estou quase de volta.
(your eyes only... muito obrigado amigo! sabes bem o que significou para mim estar contigo neste dia! take care!)
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Transgermânico II
Dresden! última grande urbe alemã. Se Praha estiver tão fria, eu é que não durmo na rua!
com o frio a bateria da minha velhinha Pentax descarregou num ápice. imprevistos que se podem bem prever. may i charge this here? parece retórica. a resposta do barman férreo resumiu-se a um mono sílabo que entendo ser... não! se bem me lembro o primeiro comboio tinha tomadas eléctricas junto às janelas, na segunda classe. também já estou cansado do bar mesmo. voilá!
vejo as primeiras ruínas de beira de linha. é esta a minha imagem do leste europeu. cicatrizes da guerra e da instabilidade social.
seleccionar rede? VODAFONE CZ!
praha holesovice! meu Deus. os olhares perdidos aterrorizam-me o corpo. sinto o sangue fugir-me do peito. simpático ou parasimpático? um dos dois vai tirar-me daqui! 26 koruna! m....! Euro só nas tabancas de câmbio. arggghhhh! ATM! a solução ou o início da fuga em frente. são 22h e estou na estação mais assustadora que alguma vez pisei. e ainda por cima tenho que levantar dinheiro. as fatias do queijo começam a alinhar-se. só espero que aqui o ratito não esteja do outro lado, à espreita, quando dispararem.
coroa checa nas unhas. bilhete do metro na mão. deixo a escadaria para o sub mundo checo. mas o que é isto! estou em Londres. no meio do vazio social surge um tube de padrões britânicos. e a gente passou de besta a bestial num iato emocional.
isto é dislumbrante! staromestske namesti! o relógio astronómico! ouço as badaladas e espero como tantos outros pacóvios turistas pelo movimento perpétuo. na língua que todos entendem, gesticulo para a mulher dos cachorros quentes. last time! nine o'clock! okapa! estou literalmente a olhar para o boneco. não se vai passar nada até amanhã de manhã.
procuro nas portas qual o bar onde pernoitarei. perco-me na cidade como é apanágio. reencontro-me num casal de polícias que me indicam a ponte.
karluv most! qualquer semelhança entre Praha e Coimbra... não é pura coincidência. troca-se vltava por mondego e o castelo pela universidade.
atravesso enconstado à linha de meia ponte. à agua parece gelada e o ambiente cada vez mais escuro. foto na outra margem. segundo objectivo alcançado.
regresso à praça. falta encontrar um bom lugar onde passar as poucas horas que me restam até ao próximo comboio.
greetings? you know? it's normal! juro que não estou a entender. apenas perguntei a este taxista onde fica uma rua. estou quase a ser espancado. por não o entender espero. faz um esforço. greetings? só pode estar a referir-se às expressões de cortesia. não posso acreditar que queira grojeta por me indicar um rua. sorry! good evening?! yes! good evening! I truely don't understand you! sorry! I'm really sorry! por entre dentes lá me indicou a rua e eu lá percebi que nunca mais me aventuro sem conhecer bem as expressões de cortesia do pais visitado. no mundo árabe já me tinham dado jeito mas parece que não interiorizei a lição. foi por pouco.
bombay bar! open from dust till dawn! nem por acaso. fico por aqui que o som agrada-me e a gente é gira!
faltam menos de duas horas alfacinhas para completar 29 anos. estou sozinho em Praha. para o próximo ano entro nos "nta". melancolia suburbana barata à parte. venha o cálice do Porto.
Transgermânico I
domingo, 4 de janeiro de 2009
There's probably no God. Now stop worrying and enjoy your life!
ateus ou não, vale a pena pensar nisto... "The Humanist view of life is progressive and optimistic, in awe of human potential, living without fear of judgement and death, finding enough purpose and meaning in life, love and leaving a good legacy."