E se procurarmos encontrar o que quer que seja, saímos de nós e, descentrados, logo nos desequilibramos. O impulso que nos serve para ganhar balanço é o mesmo que nos faz cair quando queremos estacar. O entusiasmo, aliás, não é mais do que uma breve suspensão no movimento da queda. Por demais estranhos somos nós. Como tudo o que ousou levantar-se. Por demais iguais, aguardando, por mais que nos enganemos, a vida noutra vida que não esta.
Não sabemos como procurar, nem onde encontrar, nem, afinal, sabemos o que procurar. Somos assim, tão perdidos que nos agarramos sem sequer podermos tocar. Pedro Paixão
Basta talvez procurar sem pretender agarrar...
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