Ao pé da minha dor todas as outras dores me parecem falsas ou mínimas. Mas tudo afinal entra em casa pela janela da observação e pela porta do pensamento. Fernando Pessoa
Três da madrugada, período de sono REM, relaxamento máximo do corpo e alma, quando subitamente toca a campainha e se ouvem os primeiros bateres violentos na madeira da porta da rua. Para além destes sons apenas se escuta o cair da chuva lá fora e o vaguear do vento por entre as árvores do jardim das traseiras.
"Menina, está a entrar água cá dentro! As caves estão a inundar!" O pânico no olhar era mais que contagiante, a minha vizinha estava à beira de um ataque de nervos!
Impremeável verde lagartixa, "croques" verde alface (que por sinal foram comprados para esta ocasião) e balde azul garrido na mão, escada abaixo e voilá! Água pelo joelho e quatro "jovens" atarefados entre baldes na faina incessante para combater a entrada de água "a bordo"!
"A MINHA AAAAAAAAAAASA!!!!" O pânico instalou-se em mim! A minha asa estava suavemente repousada no chão da nossa cave, a secar depois de um bom período de groundhandling tão essencial para a perícia de um piloto de voo livre. Resta-me rezar para que não tenha sido tocada por esta água suja que insiste em jorrar da fossa do nosso prédio.
Esgoto completo! Nível de água inferior a 3mm! Chegou a hora de confirmar se tinha sido ou não bafejado pela sorte. Seca e intacta [a minha asa]! Deus existe e é piloto de parapente!
Sete e dez da manhã, a luz do dia já nos iluminava o rosto cansado de uma noite desperta e muito, muito molhada, "Está na hora de ir trabalhar. Agora que tudo está mais calmo e seco vou preparar-me para trabalhar. Já por aqui passo. Até já!"
Várias familias desalojadas, várias pessoas desaparecidas, grandes danos materiais. "A MINHA AAAAAASA!!!"... intacta!
Ao pé da dor dos outros todas as minhas dores me parecem mínimas. Haverá sempre alguém melhor, haverá sempre alguém pior! Cabe-me melhorar o que de pior há em mim, melhorando o Mundo dos que me rodeiam!
Três da madrugada, período de sono REM, relaxamento máximo do corpo e alma, quando subitamente toca a campainha e se ouvem os primeiros bateres violentos na madeira da porta da rua. Para além destes sons apenas se escuta o cair da chuva lá fora e o vaguear do vento por entre as árvores do jardim das traseiras.
"Menina, está a entrar água cá dentro! As caves estão a inundar!" O pânico no olhar era mais que contagiante, a minha vizinha estava à beira de um ataque de nervos!
Impremeável verde lagartixa, "croques" verde alface (que por sinal foram comprados para esta ocasião) e balde azul garrido na mão, escada abaixo e voilá! Água pelo joelho e quatro "jovens" atarefados entre baldes na faina incessante para combater a entrada de água "a bordo"!
"A MINHA AAAAAAAAAAASA!!!!" O pânico instalou-se em mim! A minha asa estava suavemente repousada no chão da nossa cave, a secar depois de um bom período de groundhandling tão essencial para a perícia de um piloto de voo livre. Resta-me rezar para que não tenha sido tocada por esta água suja que insiste em jorrar da fossa do nosso prédio.
Esgoto completo! Nível de água inferior a 3mm! Chegou a hora de confirmar se tinha sido ou não bafejado pela sorte. Seca e intacta [a minha asa]! Deus existe e é piloto de parapente!
Sete e dez da manhã, a luz do dia já nos iluminava o rosto cansado de uma noite desperta e muito, muito molhada, "Está na hora de ir trabalhar. Agora que tudo está mais calmo e seco vou preparar-me para trabalhar. Já por aqui passo. Até já!"
Várias familias desalojadas, várias pessoas desaparecidas, grandes danos materiais. "A MINHA AAAAAASA!!!"... intacta!
Ao pé da dor dos outros todas as minhas dores me parecem mínimas. Haverá sempre alguém melhor, haverá sempre alguém pior! Cabe-me melhorar o que de pior há em mim, melhorando o Mundo dos que me rodeiam!
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