dou mais um passo e piso a esteira. instantaneamente deixo de existir. deixo-me levar no movimento monótono. aproximo-me do fim. tenho que sair. acerto a cadência. tento sair o mais harmoniosamente possível. o primeiro passo fora da escada rolante é sempre barulhento. porquê? não é suposto a esteira servir para acelerar o andamento? porque paro mal entro no fluir? porque me esqueço do mundo e obrigo quem quer passar a driblar entre mim e os outros pinos? porquê?
quinta-feira, 30 de abril de 2009
terça-feira, 28 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
28 para os Prazares
Baixa-Chiado! Subimos para o Largo e entramos no segundo 28. O primeiro rebentava pelas costuras com tanto turista.
Lisboeta há mais de 29 anos e nunca me tinha sentado nestes bancos. "Quem distrai o guarda-freios também é culpado!" Procuro e não encontro o aviso. Passou a Lenda na inglória procura!
Entre o fernesim dos freios e o faiscar dos cabos chegamos ao fim-da-linha. Cemitério dos Prazeres! Nada disto estava planeado. Tudo isto é muito nosso. "Tudo isto é fado!"
Rua 1 - 4371! Aqui repousaram os restos mortais do meu Poeta - Fernando Pessôa (1888-1935). Sinto a sua presença e mais estranho, ainda, a calma desta local. O Fernando Ribeiro dos Moonspell dizia, numa entrevista, que este é o seu local preferido. Acho que agora o consigo entender. Os cedros marcam presença e diluem o macabro dos símbolos de passagem.
Regressamos no 25 para a Rua da Alfândega. Passamos pela Rua das Trinas e antevejo o meu futuro próximo. Saimos em Santos. Atravessamos a Avenida. Sentado no banco da estação reparo na bandeira francesa, içada na sua embaixada. Curioso... Depois de uma manhã tão portuguesa...
Lisboeta há mais de 29 anos e nunca me tinha sentado nestes bancos. "Quem distrai o guarda-freios também é culpado!" Procuro e não encontro o aviso. Passou a Lenda na inglória procura!
Entre o fernesim dos freios e o faiscar dos cabos chegamos ao fim-da-linha. Cemitério dos Prazeres! Nada disto estava planeado. Tudo isto é muito nosso. "Tudo isto é fado!"
Rua 1 - 4371! Aqui repousaram os restos mortais do meu Poeta - Fernando Pessôa (1888-1935). Sinto a sua presença e mais estranho, ainda, a calma desta local. O Fernando Ribeiro dos Moonspell dizia, numa entrevista, que este é o seu local preferido. Acho que agora o consigo entender. Os cedros marcam presença e diluem o macabro dos símbolos de passagem.
Regressamos no 25 para a Rua da Alfândega. Passamos pela Rua das Trinas e antevejo o meu futuro próximo. Saimos em Santos. Atravessamos a Avenida. Sentado no banco da estação reparo na bandeira francesa, içada na sua embaixada. Curioso... Depois de uma manhã tão portuguesa...
sexta-feira, 3 de abril de 2009
O que a vida me ensinou
Ao longo desta vida tenho preferido e procurado a companhia dos mais velhos. Desde criança que assim é. Talvez pelo reconhecimento da maturidade como pedra basilar de uma vida sã ou simplesmente por um pulsão inconsciente e incontornável e sem necessidade de explicação. Existem coisas nesta vida que só experimentadas se compreende o seu significado (perdoem-me os teóricos e os racionalistas!)
E assim dislumbrei-me com um livro maravilhoso - "o que a vida me ensinou". Na resposta a esta pergunta trinta septagenários procuram perpetuar a maior lição que deste mundo levam.
Lembrei-me deste livro hoje ao ouvir um sonante nome da nossa sociedade - Manoel de Oliveira.
Confesso que o Carlos Vaz Marques não é meu fã (e eu não o idolatro igualmente) contudo o que de melhor este senhor tem é a capacidade de manter vivo um espaço de entrevistas extraordinário da nossa rádio - o Pessoal e Transmissível (TSF).
E suportando o Vaz Marques (na letra do Bruno Aleixo) ouvi esta tarde, em podcast, o Manoel de Oliveira. Simplesmente divino! Como diz a Inês Menesses... aos 20 anos falta-nos sempre qualquer coisa (de maturidade). Eu acrescento que... aos 100 anos temos sempre quase tudo.
O ansião e o seu papel imprescindível na sociedade humana.
(vale a pena escutar... Carlos Vaz Marques entrevista Manoel de Oliveira)
E assim dislumbrei-me com um livro maravilhoso - "o que a vida me ensinou". Na resposta a esta pergunta trinta septagenários procuram perpetuar a maior lição que deste mundo levam.
Lembrei-me deste livro hoje ao ouvir um sonante nome da nossa sociedade - Manoel de Oliveira.
Confesso que o Carlos Vaz Marques não é meu fã (e eu não o idolatro igualmente) contudo o que de melhor este senhor tem é a capacidade de manter vivo um espaço de entrevistas extraordinário da nossa rádio - o Pessoal e Transmissível (TSF).
E suportando o Vaz Marques (na letra do Bruno Aleixo) ouvi esta tarde, em podcast, o Manoel de Oliveira. Simplesmente divino! Como diz a Inês Menesses... aos 20 anos falta-nos sempre qualquer coisa (de maturidade). Eu acrescento que... aos 100 anos temos sempre quase tudo.
O ansião e o seu papel imprescindível na sociedade humana.
(vale a pena escutar... Carlos Vaz Marques entrevista Manoel de Oliveira)
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